quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Uma foto, uma história - Saí-Canário

Uma foto, uma história - Saí-Canário

Em mais uma incursão no Jorrinho...

O saí-canário (Thlypopsis sordida) é um passeriforme da família Thraupidae. Das seis espécies do gênero, esta é a única que habita as terras baixas ao leste dos Andes. É encontrada sozinha, em par ou em pequenos grupos de 3 ou 4 indivíduos. Na Amazônia é encontrada próxima à água, mas no sul freqüenta o topo das árvores, movimentando-se incessantemente. Também é chamado de canário-sapé.

Mede cerca de 13,5 cm. As características que tornam fácil a identificação desta ave são a cabeça amarelo-alaranjada e o corpo cinza-esverdeado. Estes tons variam conforme a subespécie, tornando-se mais ou menos amarelados ou acinzentados conforme a região. A fêmea difere do macho por não apresentar o colorido ferrugíneo da cabeça e, sim, verde, como a fêmea da saíra-ferrugem (Hemithraupis ruficapilla).

Seu canto não chama muita atenção, lembrando vagamente o do coleirinho ( Sporophila caerulescens), porém menos intenso.

Alimenta-se de frutos, sementes e insetos capturados na folhagem.

No período reprodutivo (julho a novembro), canta de maneira semelhante ao canário-da-terra-verdadeiro, origem do nome comum.

O ninho é construido a pelo menos 5 metros do solo, feito de fibras vegetais como a paina, teias de aranha e gravetos finos. A fêmea é responsável pela maior parte da construção, mas o macho colabora carregando o material necessário para a confecção do ninho. Nele são postos 2 ou 3 ovos, azul-esbranquiçados com manchas pardas, que são incubados pela fêmea. Quando nascem os filhotes, estes são alimentados pelo casal.

Vive solitário, em pares no período reprodutivo. Em agosto e setembro formam-se grupamentos de até 8 aves, podendo tratar-se de migrantes em passagem pelo Pantanal e dirigindo-se para o sul. Entretanto, pouco é conhecido de sua biologia, não se sabendo a razão desse gregarismo ocasional. Vive em formações florestais secundárias e até mesmo em cidades bem arborizadas. Ocupa os estratos mais altos e médios da floresta, raramente indo ao chão. Locomeve-se de forma típica, subindo pela ramaria em zigue-zague e em seguida praticamente soltando o corpo e caindo em direção ao tronco da próxima árvore.

Possui ampla distribuição na América do Sul, desde a Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Argentina e em todo o Brasil, ao sul até o Paraná (Ridgely e Tudor, 1989; Sick, 1997).

Fonte: www.wikiaves.com.br/sai-canario

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