quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Uma foto, uma história - A cabeçuda da Praia do Forte

Uma foto, uma história - A cabeçuda da Praia do Forte

O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental.

Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados brasileiros.

O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço restrito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas para diversos estudos.

Desde então, a expressão Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente.

O Projeto Tamar/ICMBio é co-administrado pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996.

A Fundação foi criada para executar o trabalho de conservação das tartarugas marinhas, como responsável pelas atividades do Projeto Tamar nas áreas administrativa, técnica e científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.

O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda o Projeto, individual ou coletivamente. (www.tamar.org.br)

Aqui em Camaçari, existe uma base do projeto TAMAR em Arembepe, mas em todos os 42 quilometro da orla de Camaçari são encontrados pontos de desovas das tartarugas, principalmente a espécie Tartaruga Oliva.

As tartarugas oliva podem atingir a maturidade sexual entre os 10 e 18 anos e apresentar ciclo reprodutivo anual. Além da fidelidade às praias sergipanas e baianas, também são fiéis ao trecho da praia. Os eventos reprodutivos ocorrem sempre próximos uns dos outros, não aleatoriamente, com mais precisão entre desovas consecutivas.

A maioria desova apenas uma vez ao longo da temporada, mas há registros de até três posturas no ano. O intervalo entre uma desova e outra (conhecido como intervalo internidal) dura cerca de 21 dias. Durante este período elas não ficam paradas. As olivas abordadas em reprodução em Sergipe e rastreadas por satélite ocuparam uma área aproximada de cinco mil quilômetros quadrados ao longo da plataforma continental, praticamente todo o litoral de Sergipe. Tal fato comprova que não resultam do acaso a capacidade de orientação e o retorno ao mesmo trecho de praia para nova postura.

Na temporada reprodutiva de 2010/2011, as olivas totalizaram mais de 6.800 desovas e quase 290 mil filhotes nas praias da Bahia e Sergipe. Esses resultados colocam o Brasil em um ranking de importância especial dentre os sítios de desovas de olivas do Atlântico oeste. Estudos genéticos estão em curso para confirmar a existência de fluxo gênico entre as populações do Suriname e Guiana Francesa. Essa possibilidade pode estar associada à recente colonização do Atlântico.

Na foto a tartaruga é da espécie Cabeçuda ou Mestiça “Caretta caretta” capturada no Centro de Visitação da Praia do Forte em 24 de janeiro de 2010, em pleno verão baiano, era por volta das oito da manhã, de um ensolarado domingo a dica é que até as 9:00 horas da manhã o acesso é gratuito, e convenhamos a luz é muito melhor. A partir deste horário existem diferente valores para acessar o local, e o fluxo de pessoas e grande o que prejudica muito o ato fotográfico.

Essa foto foi feita com uma Canon XSi com a velocidade de 1/160 seg. com a abertura f/5,6 e ISO 400 fazendo uso da lente Canon EF75-300mm f/4-5.6 USM, hoje boa parte do texto foi “copiado” do site oficial do Projeto TAMAR www.tamar.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião será sempre muito bem vinda...