domingo, 25 de setembro de 2011

Uma foto uma historia - O pior Rock in Rio de todos os tempos

Uma foto uma historia - O pior Rock in Rio de todos os tempos

Hoje o Texto não é meu, mas concordo plenamente...

"Seja bem-vindo ao pior Rock in Rio de todos os tempos!
Por Ricardo Seelig

Com o anuncio da última atração do Rock in Rio 2011, e ela é a banda norte-americana Evanescence. Convenhamos, foi uma escolha coerente com o restante do line-up do festival, de longe o pior das quatro edições realizadas em território brasileiro.

Não há motivos para sair de casa e ir ao Rock in Rio. Não há uma banda que justifique o deslocamento até o Rio de Janeiro no final de setembro e início de outubro para assistir o festival.

Isso é triste. O Rock in Rio foi peça fundamental para a formação musical de milhões de jovens em nosso país. A edição de 1985 apresentou Iron Maiden, AC/DC, Scorpions, Whitesnake e mais um monte de bandas para a juventude brasileira, além de contar com um show antológico do Queen. As edições nacionais daquele ano também fizeram bonito, mostrando a força do BR Rock de nomes como Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso.

Em 1991 não existia nada maior do que o Guns N' Roses no mundo, e eles estavam no Rock in Rio tocando pela primeira vez sons dos álbuns siameses Use Your Illusion, que nem haviam sido lançados em nosso país ainda. E teve mais: o Faith No More roubou a cena, que teve uma apresentação marcante do Judas Priest e uma participação histórica do Sepultura.

Dez anos depois, em 2001, o Rock in Rio fez novamente história, em uma edição que rivalizou com a primeira na qualidade das atrações. Foo Fighters levantou o público, que foi brindado com um show espetacular do R.E.M. e uma apresentação de outro planeta de Neil Young. A noite do heavy metal foi eternizada pelo Iron Maiden no DVD Rock in Rio, que documenta a passagem da banda pelo festival, no último show da turnê do álbum Brave New World, que marcou o retorno de Bruce Dickinson e Adrian Smith e recolocou o Iron Maiden no topo do metal mundial. E ainda tivemos o público cantando a plenos pulmões "Breaking the Law" no show de Rob Halford e um Guns N' Roses capenga, mas que levantou a audiência.

E em 2011, o que veremos? Tirando Metallica e Motörhead, duas bandas ótimas de público e que passaram recentemente pelo Brasil - a primeira em 2010 e a segundo em 2011 -, e o System of a Down, não há nenhuma banda que valha a pena. Red Hot Chili Peppers? Não. Stone Sour? Passo. Snow Patrol? Piada, né. Lenny Kravitz? Show de ginásio. Coldplay? Já deu o que tinha que dar.

Enquanto 2011 é sacudido por excelentes discos de nomes como R.E.M., Foo Fighters, Adele, Decemberists, Beady Eye, PJ Harvey, Arctic Monkeys, The Kills, Whitesnake, Vaccines, Lykke Li, Bright Eyes, Drive-By Truckers, Cut Copy, Iron & Wine, Mr. Big, Black Keys e até mesmo Strokes e Radiohead - banda que lançaram álbuns medianos, mas que possuem um público fiel -, a organização do festival investe em uma lógica cega e burra, montando uma escalação ultrapassada, com atrações que não tem mais praticamente nenhuma relevância.

Era pra ser pop? Então os nomes eram Lady Gaga, Adele e Cut Copy!

Era pra ser rock? Então as atrações eram Wilco, Foo Fighters, Beady Eye, Strokes e Decemberists!

Queriam mostrar que estavam antenados com o que rola no mundo da música? Então os nomes eram Black Keys, Kills, PJ Harvey, Arctic Monkeys e Lykke Li.

Era para ser jurássico? Então que trouxessem quem nunca tocou no festival, como o Kiss, por exemplo!"

Publicação original...
collectorsroom.blogspot.com/2011/05/seja-bem-vindo-ao-pio...

A foto é de um expectador na plateia do show do Capital Inicial, durante o Festival de Verão Salvador, em 2009.

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