As duas flores
Hoje é o dia nacional da poesia, em comemoração ao nascimento do “Poeta dos Escravos” Castro Alves, baiano da cabeceira do Rio Paraguaçu, um dos membros do panteão de baianos ilustres, um ícone da cultura nacional, como é impossível uma foto de Castro Alves no meu acervo! O Maximo que eu podia conseguir seria uma foto da estatua da Praça que é do povo como diz a canção de Caetano Veloso.
Mas poeta é poeta, e se é para homenagear alguém nesse dia de comemoração a arte de combinar as palavras a minha reverencia vai para o Mestre Bule Bule, já bastante retratado pela minhas lentes, salve mestre! Viva a poesia, e para fechar o “post” de hoje, uma poesia de Castro Alves...
As duas flores
São duas flores unidas | São duas rosas nascidas | Talvez do mesmo arrebol, | Vivendo, no mesmo galho, | Da mesma gota de orvalho, | Do mesmo raio de sol.
Unidas, bem como as penas | das duas asas pequenas | De um passarinho do céu... | Como um casal de rolinhas, | Como a tribo de andorinhas | Da tarde no frouxo véu.
Unidas, bem como os prantos, | Que em parelha descem tantos | Das profundezas do olhar... | Como o suspiro e o desgosto, | Como as covinhas do rosto, | Como as estrelas do mar.
Unidas... Ai quem pudera | Numa eterna primavera | Viver, qual vive esta flor. | Juntar as rosas da vida | Na rama verde e florida, | Na verde rama do amor!
73/365
sexta-feira, 14 de março de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião será sempre muito bem vinda...